Conceito Capital
Aquilo que o espírito concebe ou entende.
domingo, 18 de dezembro de 2011
A Igreja está em sua casa
A igreja é um local de reunião, um local em que os crentes se reúnem para prestar culto de adoração a Deus. A adoração coletiva é apenas uma das formas pelas quais podemos nos aproximar de Deus. A Igreja (local de reunião) deve ser uma extensão de nossa comunhão diária. Tal significa dizer que a vida cristã transcende as barreiras físicas da Igreja. Jesus disse: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt. 18. 20). De acordo com Jesus, a igreja pode ser reconhecida em qualquer lugar em que estiver, como em uma reunião informal em uma empresa, faculdade, comércio, escola etc.
Somos seres comunitários e por isso precisamos viver em comunidade. Daí surge a ideia de ajuntamento, de assembleia de santos. Nenhum cristão deve se privar da adoração coletiva, em um templo ou em qualquer outro local em um grupo de crentes se reúna. O problema esta na idolatria, no confinamento que algumas denominações submetem seus membros. Para ser direto: existe hoje uma verdadeira “idolatria” por templos. A vida cristã, na maioria das igrejas evangélicas, se resume a um programa infindável de cultos – muitos dos quais rotineiros e carregados de exortações. Uma das queixas dos crentes nominais é a falta de amor nas igrejas evangélicas. O púlpito tem sido usado, segundo eles, como um local de crítica aos que não frequentam diariamente a igreja e não entregam o dízimo.
É fato que a igreja precisa passar por uma reforma, que o programa de culto é cansativo e que não atende ao anseio dos mais necessitados. A igreja, e especialmente os pastores, precisa se mobilizar pela defesa de um culto sadio que permita o retorno dos que saíram para praticar um culto particular ou mesmo os que deixaram a vida cristã por completo. Também devemos ampliar a discussão em torno do conceito de igreja e seu relacionamento com o Reino de Deus.
Johnny T. Bernardo é apologista, jornalista e colaborador do Blog Genizah
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
O Epírito e a Adoção
[...] nossa adoção nos dá a chave do entendimento do ministério do Espírito Santo.
Os cristãos de hoje enfrentam muitas armadilhas e perplexidades a respeito do ministério do Espírito Santo. O problema não está em encontrar o título correto, mas em saber qual é a experiência correspondente à obra de Deus referente ao título. Portanto, sabemos pelas Escrituras que o Espírito ensina o que vai na mente de Deus e glorifica o Filho de Deus; que ele é o agente do novo nascimento dando-nos compreensão para conhecer a Deus e também o novo coração para obedecer-lhe. Sabemos ainda que ele habita nos cristãos, santifica-os e fortalece-os para a peregrinação diária. Segurança, alegria, paz e poder são seus dons especiais. Todavia, muitos reclamam, confusos, que estas afirmações são para eles simples fórmulas, não correspondendo a nada que reconheçam em sua vida.
Naturalmente, tais cristãos se sentem perdendo algo vital e perguntam ansiosamente como poderão preencher o vazio entre a imagem de vida no Espírito apresentada pelo Novo Testamento e seu sentimento de aridez na experiência diária. Então, talvez em desespero, resolvem empreender por si mesmos a busca de um acontecimento psíquico transformador pelo qual possam sentir que a "barreira da falta de espiritualidade" pessoal foi rompida para sempre. O acontecimento pode ser denominado "experiência de Keswick"1, "rendição total", "batismo do Espírito Santo", "santificação total"2, "selamento com o Espírito", dom de línguas, a "segunda conversão" (se formos guiados por uma estrela católica em vez de protestante) ou a oração silenciosa ou em conjunto.
Entretanto, se alguma coisa acontecer, e eles se sentirem capazes de identificá-la com o que estavam procurando, logo descobrem que a "barreira da falta de espiritualidade" não foi afinal rompida e assim mudam ansiosos para alguma coisa nova. Muitos hoje são apanhados nessa confusão. Perguntamos: que ajuda pode ser oferecida a essas pessoas? A luz derramada pela verdade da adoção sobre o ministério do Espírito fornece a resposta.
A causa de problemas como os descritos é um tipo de sobrenaturalismo falso e mágico que leva as pessoas a ansiar pelo toque transformador, como o de uma força elétrica impessoal, que as libertará completamente de todos os fardos e cadeias da vivência consigo e com os outros. Elas crêem ser esta a essência da verdadeira experiência espiritual. Pensam que a obra do Espírito é dar-lhes experiências como as viagens de LSD (que prejuízo causam os evangelistas quando prometem isto e os viciados equiparam suas fantasias a experiências religiosas! Será que nunca aprenderemos a fazer distinção entre coisas diferentes?).
O fato, porém, é que esta busca por uma explosão interior em lugar de comunhão íntima mostra a profunda incompreensão do ministério do Espírito. A verdade vital a ser aprendida é que o Espírito foi dado aos cristãos como o "Espírito que adota", e é assim que ele age em todo esse seu ministério. Por isso, sua tarefa e seu propósito é levar os cristãos a pensar com clareza cada vez maior no significado de seu relacionamento filial com Deus em Cristo e a reagir cada vez mais profundamente com relação a Deus. Paulo destaca essa verdade ao escrever: "[vocês] receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos 'Aba, Pai'" (Rm 8:15); "Deus enviou o Espírito de seu Filho ao coração de vocês, e ele clama: 'Aba, Pai'" (Gl 4:6).
Assim como a adoção em si mesma é o pensamento-chave para desvendar a idéia da vida cristã no Novo Testamento e o ponto focal para unificá-la, o reconhecimento de que o Espírito vem a nós como o Espírito que adota é a idéia-chave para desvendar tudo o que o Novo Testamento nos fala sobre seu ministério junto aos cristãos.
Partindo dessa idéia central, vemos que sua obra apresenta três aspectos. Em primeiro lugar, ele nos torna e nos mantém conscientes — às vezes mais claramente, mas sempre, de algum modo, conscientes, mesmo quando a parte maldosa que há em nós nos leva a negar tal consciência — de que somos filhos de Deus pela espontânea graça, por meio de Jesus Cristo. Esta é sua tarefa de prover fé, segurança e alegria.
Em segundo lugar, ele nos leva a olhar para Deus como Pai, mostrando para com ele respeitosa ousadia e confiança ilimitada, como é natural em filhos seguros do amor paterno. Esta é sua tarefa de nos fazer clamar "Aba, Pai" — a atitude descrita é a expressa pelo clamor.
Em terceiro lugar, ele nos impele a agir de acordo com nossa posição de filhos reais pela manifestação da semelhança familiar (isto é, de conformidade com Cristo), pela promoção do bem-estar da família (isto é, amando aos irmãos) e pela manutenção de sua honra (buscando a glória de Deus). Esta é sua obra de santificação. Por meio deste aumento progressivo da consciência e do caráter filial, no esforço de procurar o que Deus ama, evitando o que ele odeia "Somos transformados em sua própria imagem com um esplendor cada vez maior, e essa é a obra do Senhor, que é o Espírito" (2Co 3:18; CPH).
Portanto, não é quando nos esforçamos na busca de sensações e experiências de qualquer sorte, mas quando buscamos a Deus, olhando para ele como nosso Pai, valorizando sua amizade e descobrindo em nós a preocupação cada vez maior em conhecê-lo e agradá-lo, que a realidade do ministério do Espírito se torna visível em nossa vida. Esta é a verdade necessária que pode nos tirar do pântano das suposições não-espirituais sobre o Espírito, no qual tantos estão se debatendo hoje em dia.
1 Designação do movimento inglês (desde 1875) que oferecia palestras de quatro ou cinco dias sobre renovação espiritual. Essas palestras tinham por objetivo apresentar às pessoas o malefício do pecado, ensinar a viver de forma vitoriosa e desafiar ao comprometimento total com Deus e seu serviço.
2 Expressão teológica usada nos círculos holiness para designar "o ato divino, posterior à conversão, mediante o qual os crentes são libertados do pecado original, ou depravação, e sua natureza carnal é erradicada e trazida ao estado de devotamento completo a Deus, e à santa obediência do amor, aperfeiçoada" (http://www.freewebs.com/ihcircuitriders/ entiresanctification.htm).
Trecho extraído do livro:
O Conhecimento de Deus, de J. I. Packer
Editora Mundo Cristão
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Louvor?
Hoje em dia se torna cada vez mais gritante a diferença entre um Ministro de Louvor e um simples cantor. É triste perceber como os Ministros deixaram de lado seu real chamado pra se tornarem meros cantores, com frases feitas, jargões e citações sem sentido algum.
Mas o que é Ministrar? Em Salmo 100:2 lemos “entrai diante dele com canto”. O trabalho do Ministro nada mais é do que levar as pessoas a adorarem e louvarem a Deus. Então você me diz “ah, é só isso?” e eu respondo “Não é tão fácil como parece”. O ministro deve levar as pessoas à adoração racionalmente, apesar da Música ser algo tremendamente sensitivo. Sempre me perguntam por que eu não gosto das músicas que tocam na rádio, das músicas evangélicas da moda, e eu sempre respondo a mesma coisa: Por que quando a Música se torna banal, quando gruda ‘no sangue’, dificilmente alguém vai PENSAR no que está cantando. E qual a recomendação de Paulo em Romanos 12? “apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” e “sede transformados pela renovação do vosso entendimento”. O Evangelho e o culto RACIONAL não é SENTIR, é REFLETIR. Talvez por isso o trabalho do ministro se torne tão mais árduo: A Música em sua essência nos transporta à um nível totalmente sensitivo! A partir do momento que você, Ministro, souber usar isso à favor do entendimento, verá uma cortina saindo de seus olhos espirituais, verá uma transformação a cada acorde, a cada palavra proferida nos hinos que ministrar.
Pense muito bem na Música escolhida para sua ministração. Ela exalta a Deus, ela louva e glorifica ao Pai pelos feitos que Ele fez desde a fundação do Mundo? Ou é um hino que só pede, pede, pede? Em Hebreus fala “Portanto, ofereçamos sempre a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.” Nós estamos confessando o nome de Deus lhe entregando o verdadeiro louvor, ou estamos usando a Música como mais uma forma de sermos abençoados? Usemos o centro da nossa fala e façamos os demais a usarem para louvor e glorificação do Nome do Único digno de toda honra e toda Glória: Jesus, o Cristo.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Alguma coisa sobre Ânimo.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Sobre redes
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Manual de ética Cristã - 3
[Baseado em Mateus 7]
Esse capítulo aborda três assuntos: julgamento, perseverança na oração e bons frutos. Jesus começa condenando o julgamento hipócrita. Não devemos apontar os erros dos outros para esconder os nossos. Para ilustrar o ponto, Jesus usa uma figura engraçada de uma pessoa tentando tirar uma coisa insignificante do olho do outro quando ela mesma tem um grande pedaço de madeira no próprio olho. Mas devemos ter cuidado ao falar sobre esse julgamento, pois o versículo 1 é, freqüentemente, usado para dizer que nunca devemos criticar ou julgar nada, e que não devemos dizer que uma pessoa está errando. Não é esse o ponto que Jesus aborda, visto que em outros versículos, em outros textos bíblicos como Tessalonicenses 5:20-21, até mesmo em Mateus 7:15-20, diz que devemos julgar (discernir) o bom e o mau sim. Conhecemos e podemos julgar uma árvore pelos seus frutos. Ele proibiu o julgamento hipócrita para destruir ou condenar.
No versículo 6 mostra que quando pessoas claramente mostram desdém pelo evangelho, não devemos continuar insistindo e forçando-as a aceitar a palavra. Algumas pessoas, cauterizadas pelo pecado, não conseguem apreciar o grande valor da palavra de Deus.
Em continuação Ele nos assegura do poder do Deus que ouve nossas orações. Ele ouve e responde. Quando nos achegamos a Deus, ele se chega a nós. Ele ouve nossos pedidos mesmo quando achamos que Ele não ouve. Porém devemos entender que nem sempre Ele vai nos dar da maneira como queremos, afinal, ele sabe o melhor para nós. Ele dá o que PRECISAMOS! (Estes versículos são usados, muitas vezes, para defender o "evangelho da prosperidade", ou seja, a doutrina popular e errada que Deus quer a prosperidade financeira e a boa saúde física de todos os fiéis. O próprio contexto é suficiente para provar que não é o ponto. Jesus mesmo condenou a busca de riquezas e pregou o contentamento - Mateus 6:19-21,25,31-34).
Um discípulo de Cristo tem escolhas entre duas entradas (13-14), cabe a nós escolher o caminho mais fácil ou o caminho às vezes difícil aparentemente, mas que nos leva à salvação eterna. Devemos ter cuidado com os falsos profetas, tanto para não cairmos no engano como para não nos tornarmos um deles, pois estes colherão seu mau fruto no dia do juízo. Devemos ser uma árvore boa, como no Salmo 1 “plantado junto à ribeiros de águas, cujo fruto nasce na estação própria, cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará”, dando bons frutos para a Obra do senhor, afinal, somos conhecidos por eles. Jesus nos mostra como algumas pessoas chegarão no dia do juízo enganadas, confiando na salvação, mas serão apartadas. A única maneira de ter segurança espiritual é edificar a vida sobre o alicerce da palavra de Deus.
“Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” (Mt 7: 28-29).
Jesus é maravilhoso e puro, e tinha respaldo em sua vida para falar a respeito de qualquer assunto sobre conduta.