quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Manual de ética Cristã - 2

[Baseado em Mateus 6]


No capítulo 6, Jesus começa nos ensinando que quando fazemos o bem a alguém, não devemos esperar recompensas terrestres, pois caso nós fizermos isso esperando glória humana, Deus não nos recompensará. Ele nos pede distinção entre nós e os gentios e hipócritas. Quando orarmos, jejuarmos, devemos fazer isso para nos aproximar de Deus, não para nos mostrar mais santos que os outros. E ao orarmos, que não sejamos repetitivos, achando que uma oração decorada e repetida várias vezes terá mais efeito que uma oração de coração contrito. Quando fala nesse assunto, ele aproveita para nos ensinar a orar.

A oração do Pai nosso é como um esqueleto de oração:

“Pai nosso que estás nos Céus”: A primeira coisa a se fazer é reconhecer Deus como nosso Pai Celestial. Devemos tratá-lo com respeito, assim como devemos tratar nosso pai terreno com respeito. “Por que os que o aceitaram foram feitos filhos de Deus ( João 1: 12). E devemos reconhecer a autoridade que Ele tem como todo-poderoso e criador de todas as coisas ( “que estás nos Céus” ).

“Santificado seja o teu nome”: Essa expressão “Teu nome” fala de Deus na Sua totalidade, significa Deus em todos os Seus atributos. Devemos ter essa preocupação genuína em dar toda a glória a Deus Pai.

“Venha a nós o Teu reino”: Aí estamos orando pelo sucesso do evangelho, em sua amplitude e poder, é uma oração missionária, e também indica que estamos esperando e apressando a vinda do dia de Deus, quando vamos reinar com Ele por toda a eternidade.

“Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu”: Quando eu desejo que a Vontade de Deus prevaleça a minha, os itens anteriores se cumprem. Seja na Terra ou no céu, Sua vontade é perfeita, boa e agradável. Desejamos que a Glória dEle aqui na Terra seja a mesma que no Céu.

“O Pão nosso de cada dia dá-nos hoje”: Esse pão é no sentido de todo alimento necessário. É uma expressão de seu cuidado conosco e a nós cabe viver debaixo de Sua providência, confiando em suas promessas.

“Perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores”: Com a mesma medida com que perdoamos uma falha do próximo, é da mesma forma que Deus irá nos perdoar. A parábola do credor incompassivo, por exemplo, ensina que a prova que você e eu fomos perdoados é que perdoamos aos outros.

“Não nos deixes cair em tentação”: Precisamos pedir ajuda ao Pai para não falharmos, para não pisarmos nossos pés onde não devemos, afinal somos falhos, só conseguimos ser perfeitos nEle. Nesse sentido Jesus nos ensina a orar e vigiar para não entrar em tentação (Mt. 26:41).

“Mas livrai-nos do mal”: Aí pedimos que o Senhor nos guarde não somente do diabo mas também de todas as formas e variedades do mal. Só está livre quem é redimido por Cristo (Jo. 8:32).

“Pois Teu é o Reino, o poder e a glória para sempre, amém”: Precisamos terminar nossa oração conforme havíamos começado, isto é, louvando ao Senhor.

Ainda neste capítulo, Jesus nos adverte a cerca de onde deve estar o nosso coração: Não nos tesouros desse mundo, mas nos tesouros celestiais. Os tesouros terrestres passam, se consomem, mas a glória recebida pelo Pai, transcende a eternidade. Quando nos focamos em dinheiro e em bens, acabamos por servir a esse “deus”, e Jesus deixa bem claro que não se pode servir a dois deuses, pois você vai acabar servindo muito mais a um que ao outro, e devemos servir somente e completamente ao Pai celeste. Muitas vezes buscamos riquezas por estarmos preocupados com o futuro, como formas de sustento para nós e nossa família, mas Jesus nos acalma, nos mostrando nosso valor diante de Deus. Se nosso Pai cuida das aves, dos animais dos campos, por que não cuidaria de nós, que somos feitos sua imagem e semelhança? Busquemos antes de qualquer coisa o reino de Deus, e Deus nunca nos deixará desamparados. “Basta a cada dia o seu mal“ (34)

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